rastros dos que aqui estiveram...

Quem sou eu

Minha foto
Eu sou uma pessoa que insiste em coisas que já deviam ter findado, Tenho um limite muito largo e um pavio infinitamente curto.

Com quem colar os cacos...

Filmes pra bulir com a alma...

  • NÓS QUE AQUI ESTAMOS POR VÓS ESPERAMOS
  • DANÇANDO NO ESCURO
  • SR. DAS MOSCAS
  • ESTAMIRA

quarta-feira, 28 de julho de 2010


ATIVAR A FORÇA!!!!!!!!
Três gerações- Camila/Marina e eu
Visões de mundo diferentes, encontros possivéis.
Jardim do Theatro José de Alencar - Festa de Abertura do Brasil-Chile-Chile -Brasil
em 27 de julho/2010

terça-feira, 27 de julho de 2010

Polícia, para! Quem precisa? Polícia, para! Quem precisa de polícia?

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Perder-se...É fácil...
é fácil, fingir-se de cego também...
Mas, existem os que não fingem e não estão mesmo cegos.
Parte do tempo me sinto perdida , mas, a parte que me sinto achada é muito verdadeira. E quando digo - nós não estamos sozinhos - sei de verdade que não estamos totalmente sozinhos o tempo todo, há alguma cumplicidade nas muitas vezes que esbarramos com a solidão e o medo dos outros.
Nós não estamos sozinhos - é uma escolha.
Escolhi dividir solidões , medos e desesperos.
Escolhi não desistir das pessoas,mesmo quando elas desistem de mim.
Ter alguém que te escute é fundamental, não uma escuta qualquer,mas,uma escuta preenchida,rara hoje em dia , nesse tempo onde tudo "vale", tudo "custa". uma presença-escuta repleta de humanidade , compreensão, carinho e respeito pelo "falar" do outro.
Cumplicidade é algo que se constroi a cada ir e vir de coragem , de compartilhamento.
Ser cúmplice é fundamentalmente dividir-se para receber o outro como você quer ser recebido, é acolher-se para ser acolhido no momentos de dúvida , medo,desesperança, incertezas e descrenças.
Dividir momentos bons é fácil. As feiuras e desatenções , é que são pior digeridas - e todos nós temos , somos e cometemos. Conviver com isso da gente e dos outros é sempre um desafio.
Sentir-se feio, com medo, inseguro,menor ,incapaz e ainda assim ter coragem de dividir esses estados com alguém é o que faz total diferença na solidão que carregamos feito corrente dia após dia.
Permitir que nossa fragilidade seja conhecida e enxergar,acreditar na fragilidade dos outros para que juntos estejamos mais fortes para chegar no fim de um tempo.Essa é uma revolução que poderia mudar o "nosso" mundo.
E ai sim , poderíamos estar sós em paz, com tranquilidade, porque teríamos como voltar e reencontrar o caminho da tranquilidade e da força , da coragem e da alegria de viver.
Eu quero acreditar num mundo em que isso seja possível. E todos os meus esforços são na direção da construção desse mundo.
Nós não estamos sozinhos - é uma escolha.

Coragem e alegria, alegria e coragem...


Silvia.

domingo, 18 de julho de 2010

para ver e pensar....


"ONDE VIVEM OS MONSTROS"
"O LEITOR"
"JULIE E JÚLIA"
"ESTAMIRA"
"Sr.DAS MOSCAS"

São tantos, adoro rever filmes , reler livros. È uma possibilidade de repensar , avaliar conceitos , ver o mundo sobre outros olhos.
Apostar no encantamento para mergulhar nos cantos escuros da alma.
Gosto das ruas tarde da noite, gosto das ruas e de me perder nelas, andar sem pensar no endereço, gosto da sensação de reconhecer algo, um portão, um latido. Gosto de andar sozinha , da sensação de liberdade que ás vezes sinto em algumas ruas, gosto do estranhamento ,gosto de fechar os olhos e parar e ouvir com calma os sons, e ir dando nomes e cores e pensamentos a cada som escutado, gosto de brincar de inventar pessoas para as casas , as janelas, gosto de inventar que já estive naquela ou noutra parte da rua.gosto de ficar parada na beira da calçada esperando o sinal, de preferência numa esquina - olhando uma rua e outra e imaginando o que pode acontecer ali...
silvia

... Por favor, não me empurre de volta ao sem volta de mim,há muito tempo estava acostumado a apenas consumir pessoas como se consomem cigarros, a gente fuma, esmaga a ponta no cinzeiro, depois vira na privada, puxa a descarga, pronto, acabou. Desculpe mas foi só mais um engano? E quantos ainda restam na palma da minha mão? Ah, me socorre que hoje não quero fechar a porta com essa fome na boca...

Caio Fernando Abreu


Como doi em mim ler e isso, e saber que já me senti - o cigarro. Mas, uma coisa é certa , por principio nunca escolhi ou decidi - "fumar" ninguém.

Mesmo nas poucas vezes que tive relações efêmeras, não usei ninguém...

Sempre de uma forma ou de outra me envolvi e me deixar afetar pelas pessoas.

Silvia.

Sou o tipo de mulher que, quando meus pés tocam o chão a cada manhã, o diabo fala :
"Oh Droga, ELA acordou!!!"

esclarecedor....

Agora a poucos minutos tive um sonho...esclarecedor, real demais. Foi um desses sonhos que você tem a nítida certeza que está repleto de sinais , avisos ,que foi um presente divino.
Desses que te dão respostas a perguntas recorrentes , que você vê com clareza dúvidas se dissiparem.
Pra mim esses sonhos acontecem algumas vezes quando preciso de sinais para me situar diante de mim mesma e de situações , inquietações ou dúvidas.
É muito tranquilizador.Curativo, parece um remédio para alguns tormentos , um balsámo para feridas antigas.
Estou grata por esse momento.

sábado, 17 de julho de 2010

Lendo esse texto, algumas urgências me ocorrem :Preciso de vícios ...É que não fumo, bebo pouco.Porém todos os outros sintomas de solidão profunda me acometem sistematicamente.Mas, minha solidão é muito solitária , nem vicios tem, não saio no meio da noite pra comprar cigarros, não chego na madrugada embriagada e me jogo com roupa e tudo na cama ,mas, aborreço meus amigos com meus lamentos.Falto ao trabalho -não tendo trabalho.fujo de casa sendo a dona de casa , desapareço entre o quarto e a cozinha...Me isolo,durmo dias sem fim e perambulo noites a dentro.Enfim...De que é feito a nossa solidão?
Quero uma multidão que me povoe, que me invada e assombre essa sozinhez. quero noites de solidão acompanhada de outras solidões, quero perder o medo de estar , ou conviver com qualquer possibilidade de mudança nesse estado que se instalou na minha vida. Quero abrir as portas e colocar flores nas janelas com grades e pendurar fitas nas grades.quero parar de sangrar e de chorar uma viuvez de alma.
Socorro!!!!!!!!pessosas sozinhas -corram,minha solidão quer conhecer a sua....


Fumarás demais, beberás em excesso, aborrecerás todos os amigos com tuas histórias desesperadas, noites e noites a fio permanecerás insone, a fantasia desenfreada e o sexo em brasa, dormirás dias a dentro, noites a fora, faltarás ao trabalho, escreverás cartas que não serão lidas nunca enviadas, consutarás búszios, números, cartas e astros, pensarás em fugas e suicídios em cada minuto de cada novo dia, chorarás desamparado atravessando madrugadas em tua cama vazia, não conseguirás sorrir nem caminhar alheio pelas ruas sem descobrires em algum jeito o jeito do outro.
Caio Fernando Abreu - Natureza Viva - Morangos Mofados

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Pergunto:

-Como uma pedra pode virar nuvem?????????????????????????

respostas:

Quando minha mente se desprender do piso lógico que vivo, tornar-se leve.
Eu vi quem amo dormir,acordar e partir.Em seu regresso minha pedra virou
nuvem,nuvenzinha.
Silvia querida,
lembro sempre com carinho de vc. Marcou-me com seu desabafo. Naquele fim de
tarde no pátio da Fafi-ES vc fez minha pedra virar nuvem.
( Fabricia Dias- Atriz e Arte educadora-Vitória /Espírito Santo)

Joguei a pedra pra cima e esperei que virasse nuvem, não virou... Caiu na minha boca e quebrou meus dentes, agora meu sorriso que era pequeno e amarelo esta vivo e verdadeiro e grande, sorrio pra qualquer um que vejo na rua, minha vontade é de beijar todas as bocas no mesmo momento. "Ahhhhh.... Eu sou todo lábios". Tudo que esta acontecendo não vale e nem quer dizer nada, nada é solido, e muito menos tem peso o bastante para que fique. O sentimento de culpa que morava comigo pediu passagem, esta se esvaindo aos poucos, como a água que escorre pelas minhas mãos, eu sou a água. Minha felicidade é intransferível, estou ficando cada vez mais leve, (Que seja doce) tudo acontece em instântes de segundo, não há compromisso com verdade alguma, o único princípio que me atrevo a defender é o de não ter princípios, minhas preocupações são outras. Neste exato momento não posso dizer eu te amo, seria pueril, soaria falso. Não me sinto mais invisível... Sou como a pedra, mas agora posso me transformar em nuvem.
(Dado Albuquerque - escorpião/companheiro/guerreiro/ledor de futuro.


Jogando a pedra em direção ao céu.
(Daniel Pizamiglio-Bailarino /cúmplice)

Lindos pensamentos... Precisando parar e contemplar, contemplar e refletir, refletir e constatar, constatar e divulgar, assim como as pedras trituradas voltam ao pó e o pó sopra para a água que evapora e vira nuvem para depois cair como chuva de pó ou de pedra para despertar as mentes com espirros ou concussões.
(Edlena -Companheira/escorpiana)


Na hora em que a gente toma coragem pra lançar a pedra pra cima, é aí que ela vira nuvem. É quando ela chega no mais alto, no possível, no limite e, antes de cair, estaciona no meio do céu. É somente nesse tempo que a pedra é nuvem. É somente nesse segundo que congela, nesse momento que se perpetua, até que a pedra volte. É nesse tempo outro que não existe. É na crença que a pedra nunca mais vai voltar. Ou, se voltar, de que ela volte em forma de chuva para molhar o rosto e não mais, nunca mais, sangrar a testa.
(Honório Felix-Companheiro de dores/amigo)


quando nos apoiamos e elas se dissolvem.
quando agente cai para além delas.
quando tem abaixo delas um filho, ou algo que amemos com este afinco e bravura.
e, ainda, uma pedra vira nuvem quando danço pesos que não são usuais em balanças.
(Paulo José-Amigo/irmão/filho/Pai.)


Pedras viram nuvens depois de virar pó e entrar nas águas do rio, logo um dia elas evaporam e viram nuvens..
(Eloá- minha filha)

kkkkkkkkkkkkkkkkkk é quando ela explode e vira uma nova...

Helena - -minha amiga)

terça-feira, 13 de julho de 2010

Todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser.
Todo verbo é livre para ser direto ou indireto.
Nenhum predicado será prejudicado.
Nem tampouco a frase, nem a crase nem a vírgula e ponto final.
Afinal, a má gramática da vida nos põe entre pausas, entre vírgulas.
E estar entre vírgulas pode ser aposto,e eu aposto o oposto.
Mágramática(Fernando Anitelli)
"Ah, viver é tão desconfortável. Tudo aperta: o corpo exige, o espírito não pára, viver parece ter sono e não poder dormir - viver é incômodo. Não se pode andar nu, nem de corpo, nem de espírito." - Clarice Lispector.

The Piano [Life is a song] Yann Tiersen - comptine d'un autre été l'aprè...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Choveu ...cheiro de terra molhada...

CHOVEU...CHOVEU....
Cheiro de terra molhada , abençoada...
Quando a cigarra cantou , me encantou...Me encantou
Vou pedir para Santa Clara me iluminar.

Procurando agulha num palheiro...

Sinto-me assim.
Conquista-se estados . A real dificuldade é a manutenção.Em todos os aspectos -manter é o que torna tudo bem dificil.
Alegria, projetos ,coragem, decisões,esperança,revoluções, limpeza,mudanças.
Não há modelos a seguir.Decisão tomada , ânimo renovado - cai um pingo do "antes" dentro da sua imensidão e tudo vai ralo a baixo.
Escoa a coragem e você olha a alegria sentida como uma estranha que invadiu você e a desconhece.
E a vontade de ficar largada sem resistência alguma começa a apertar com suas garras seu braço macio.
O que fazem os fortes para se manter fortes???????
E os corajosos???????????????
Se faz necessário descobrir o ponto de principio , a fonte dos estados , para conseguir realizar a manutenção.
Como numa sequência de movimentos : começamos com um leve movimento da cabeça, segue a mão que traz o ombro ,olha a direita , puxa com o tronco e gira -dai se tem um mote,uma sequência . Os movimentos podem mudar , mas você mantém um principio norteador para chegar no estado desejado.
Como fazer isso com a vida ?????????????
Recorrer a memória ,ao auto convencimento???
"lembro: sim , um dia fui feliz , começou assim:vi um olho brilhando, me deixei abraçar várias vezes com calma nesse dia, não tive medo, nem me defendi, só deixei que acontecesse.
Também nesse dia houveram nãos, e eu os resolvi, consegui com alguma tranquilidade resolver cada coisa , não me desesperei, nem aumentei ou super valorizei os problemas.
Ao final estava como eu queria, comemorei cada pessoa, fui porta de novo, tantas vezes nessa noite. Disse coisas que queria a pessoas que estavam ali , perto.Também nesse dia me deixei sofrer , com todos ali por perto, sem pedir pra sofrer,exercitei o meu direito de sentir dor, quase coletivamente . e guardei a dor pra chegar até o fim, por escolha , não por obrigação, porque queria viver mais , mais , mais.
AH!!!! teve uma conversa - onde nada precisou ser defendido, era um diálogo, havia uma escuta sincera, lembro que me senti revigorada , o dia estava claro, parecia que o tempo era outro, havia tempo, eu pude dizer sim, sem pressa, havia cumplicidade, espaço para aprender com o outro, e vontade .
E olhar ,e sentir, e ser.
Sei que pode acontecer,não imaginei tudo, aconteceu. e já aconteceram outras vezes, esse dia que me reporto foi especial, buscado, organizado para proporcionar isso.
Mas, como ter forças para realizar isso na vida ?? Na rotina ,no correr das inúmeras tarefas muitas vezes impostas por outras necessidades , por uma sobrevivência que foi e é estabelecida por valores ditados pelo sistema ?
Como transpor o tédio e a insegurança , como manter as portas abertas e o coração arejado sem espaço para o medo??
Como manter- se vivo???
Creio que precisamos uns dos outros nessa construção, não podemos prescindir do "outro" para construir esses estados.
Para deixar o lixo sair sem apegos, deixar alguém aproximar -se de leve, dividir dores, ora carregar cruzes, mas saber o momento de tirar dos ombros e encostar na parede,Aceitar a intensidade das dores carregadas sem deixar que elas ofusquem algum brilho que possa haver no olho de alguém, manter o encantamento , a vontade de aprender , de lutar por um mundo melhor e possível para muitos.Deixar que os encontros aconteçam, promover abraços , deixar que alguém simplesmente segure sua mão.
Não defender-se,não fechar-se, não se deixar oprimir pela realidade ,não se deixar sufocar pela ansiedade, pelo medo, pela solidão, pela impossição do consumo, dos desejos inacessiveis, pela busca desenfreada do acúmulo, não afastar-se, não isolar-se.
Não desistir da manutenção da nossa humanidade,não se emplastificar pacivamente.Não marchar para a morte sem construir o sonho de morrer com dignidade.
Conto com vocês. Quero crer que sim.

Silvia

domingo, 11 de julho de 2010


Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!
Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre
Clarice Lispector

sábado, 10 de julho de 2010


QUERO PRA MIM O DIREITO PERMANENTE DE MUDAR DE IDÉIA.
RECUAR.
DESISTIR TALVEZ.
RETROCEDER.
Quando o mundo fica feio e se torna insuportável - invento um canto dentro de mim que posso fugir sempre -ás vezes esse canto muda.
A isso se chama : SABOTAGEM.
E sigo fugindo até encontrar algum espaço de sossego dentro de mim.
Em outros momentos nem chega a dar tempo- ai explodo em muitos pedaços e vejo os cacos soltos em cantos suspeitos.
Hora de juntar e tentar colar com cuspe.
e frestas de luz e feiura e dor, passam pelos cacos mal colados.
E assim termino mais um tempo.
Tempo bom...
Tempo ruim...
Desconstrução.Esvaziamentos.Enfrentamento.
Não há sutilezas possíveis.
Encontros e desencontros.
Tudo palavra - discurso bonito -
É preciso ter coragem pra se encontrar de verdade , sem esmagar o encontro do outro.
Sem tornar sua vontade uma arma, uma defesa.
Deixar ser, deixar estar.
Não há preparo.
Nem receita, que não leve corte no dedo, desses fininhos que ardem ao menor toque.
Encontrar é abrir feridas.
Abri as minhas, e me desencontrei.
E agora ??????
problema meu...
hora de ver no olho do outro as suas feridas abertas, e nãose assustar, sequer fazer cara feia.
Ferida é ferida.
Sem perguntas, sem respostas, sem direito a conversas e entendimentos.

silvia.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

No dia 10/julho


Vamos retomar O QUINTAL...
Vem , vai ser bom demais!!!!!!

ONDE : Minha casa - R. Barão do Rio Branco 2990 - Benfica -próximo da Av.13 de maio

á partir de 19h , eu vou ficar até o sol raiar e chiar mandando a noite ir embora , e você??????
Trazer coisinhas para beliscar e quem quizer beber - bebida.Se quizerem podem cozinhar também,tá valendo.
Traga seu melhor sorriso, seu encanto, sua disposição pra bater papo, cantar , ver dança, se encantar.
Desde já me preparo.

Aguardo vocês .


Silvia Moura
Sobre o Conselho Muinicipal , caso tenha dúvidas podem entrar em contato.
Vivemos um momento histórico e muito importante.Participem.





08/06/2010
O CMPC será formado por 26 representantes da sociedade civil organizada que irão, juntamente com o poder público, propor políticas públicas para a Cultura no município


Fortaleza vivencia um momento histórico. Pela primeira vez, os cidadãos serão protagonistas do processo de construção de políticas públicas voltadas para a Cultura, por meio da constituição do Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC), cujos representantes serão escolhidos por meio de uma eleição direta que vai envolver toda a cidade.


Criado pela lei municipal 9.501, de 2009, o CMPC é um órgão colegiado, integrante do Sistema Municipal de Cultura, cuja principal missão é fiscalizar e elaborar políticas públicas para a Cultura de Fortaleza, por meio da articulação e do debate entre os diferentes níveis de governo e a sociedade civil organizada, visando o desenvolvimento e o fomento das atividades culturais em âmbito local.


O CMPC será formado por 42 conselheiros. Serão 16 representantes do poder público e 26 da sociedade civil e da classe artística, sendo que 19 deles serão eleitos de maneira direta, por meio de voto secreto, e o restante indicado. Por meio da eleição, serão escolhidos um representante de cada linguagem artística (Artes Visuais, Fotografia, Audiovisual, Literatura, Música, Teatro, Dança, Circo), dois das Culturas Tradicionais Populares, um dos Produtores Culturais, um das Instituições Culturais Não-Governamentais, um do Fórum Temático de Cultura do Orçamento Participativo, e um de cada uma das seis Secretarias Executivas Regionais.


Somam-se a esses 19 representantes, que serão eleitos, mais sete nomes indicados, sendo um pela Federação do Comércio do Ceará (Fecomércio), outro pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Ceará (OAB-CE), um do Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Fortaleza (Comphic), um do Conselho Estadual de Cultura, um da Universidade Federal do Ceará (UFC), um da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e outro do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, antigo Cefet, totalizando 26 conselheiros da sociedade civil.

Qualquer pessoa pode se candidatar ao Conselho e participar das eleições, desde que tenha se inscrito no Cadastro Cultural, cujas inscrições estão sendo realizadas até 9 de julho, sexta-feira. Para inscrever-se, basta preencher uma ficha disponível no portal da Prefeitura de Fortaleza (www.fortaleza.ce.gov.br) ou no site da Secretaria de Cultura de Fortaleza (www.fortaleza.ce.gov.br/cultura). Quem preferir, pode encontrar as fichas também na sede da Secultfor (Rua Pereira Filgueiras, 4 – Centro) ou nas Secretarias Executivas Regionais, onde os formulários devem ser entregues, de 8h às 12h e de 13h às 17h.


A próxima etapa do processo eleitoral é o registro de candidaturas que irá ocorrer de 23 de julho a 2 de agosto, em dias úteis, de 8h às 12h e de 13h às 17h, na sede da Secultfor. A eleição será realizada no dia 15 de agosto, em um único local, a ser divulgado posteriormente. Os eleitos tomarão posse no CMPC, juntamente com os representantes do poder público, em até 30 dias após a publicação dos resultados das eleições no Diário Oficial do Município de Fortaleza.

“O momento é histórico porque a população de Fortaleza torna-se protagonista do processo de construção das políticas públicas voltadas para a Cultura. O Conselho irá promover uma gestão democrática e autônoma da Cultura no município”, explica a secretária de Cultura de Fortaleza, Fátima Mesquita.


Entre outras funções, são competências do CMPC elaborar, acompanhar e avaliar a execução do Plano Municipal de Cultura; fiscalizar, acompanhar e avaliar a aplicação dos recursos provenientes do Município no processo de fomento à cultura; apoiar os acordos para a implantação do Sistema Municipal de Cultura; e incentivar a participação democrática na gestão das políticas e dos investimentos públicos na área da cultura.


Cronograma
Inscrições no Cadastro Cultural de Fortaleza – Até 9 de julho
Divulgação da relação das inscrições validadas – Até 16 de julho
Instalação dos Fóruns Permanentes – De 23 a 31 de julho
Registro de Candidaturas – De 23 de julho a 2 de agosto
Eleições – 15 de agosto


Serviço
Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor) – Rua Pereira Filgueiras, 4 – Centro. Informações: 3105-1130

sábado, 3 de julho de 2010

ainda há beleza....

Discurso na Academia Sueca
(ao receber o Prêmio Nobel de Literatura)

"O homem mais sábio que conheci em toda a minha vida
não sabia ler nem escrever. As quatro da madrugada, quando a
promessa de um novo dia ainda vinha em terras de França, levantava-se da
enxerga e saía para o campo, levando ao pasto a meia dúzia de porcas de
cuja fertilidade se alimentavam ele e a mulher. Viviam desta escassez
os meus avós maternos, da pequena criação de porcos que, depois do
desmame, eram vendidos aos vizinhos da aldeia. Azinhaga de seu nome, na
província do Ribatejo.

Chamavam-se Jerónimo Melrinho e Josefa Caixinha esses avós, e eram
analfabetos um e outro. No Inverno, quando o frio da noite apertava ao
ponto de a água dos cântaros gelar dentro da casa, iam buscar às
pocilgas os bácoros mais débeis e levavam-nos para a sua cama. Debaixo
das mantas grosseiras, o calor dos humanos livrava os animaizinhos do
enregelamento e salvava-os de uma morte certa. Ainda que fossem gente de
bom caráter, não era por primores de alma compassiva que os dois velhos
assim procediam: o que os preocupava, sem sentimentalismos nem
retóricas, era proteger o seu ganha-pão, com a naturalidade de quem,
para manter a vida, não aprendeu a pensar mais do que o indispensável.

Ajudei muitas vezes este meu avô Jerónimo nas suas andanças de
pastor, cavei muitas vezes a terra do quintal anexo à casa e cortei
lenha para o lume, muitas vezes, dando voltas e voltas à grande roda de
ferro que acionava a bomba, fiz subir a água do poço comunitário e a
transportei ao ombro, muitas vezes, às escondidas dos guardas das
searas, fui com a minha avó, também pela madrugada, munidos de ancinho,
panal e corda, a recolher nos restolhos a palha solta que depois haveria
de servir para a cama do gado. E algumas vezes, em noites quentes de
Verão, depois da ceia, meu avô me disse: "José, hoje vamos dormir os
dois debaixo da figueira". Havia outras duas figueiras, mas aquela,
certamente por ser a maior, por ser a mais antiga, por ser a de sempre,
era, para toda as pessoas da casa, a figueira.

Mais ou menos por antonomásia, palavra erudita que só muitos anos
depois viria a conhecer e a saber o que significava... No meio da paz
noturna, entre os ramos altos da árvore, uma estrela aparecia-me, e
depois, lentamente, escondia-se por trás de uma folha, e, olhando eu
noutra direção, tal como um rio correndo em silêncio pelo céu côncavo,
surgia a claridade opalescente da Via Láctea, o Caminho de Santiago,
como ainda lhe chamávamos na aldeia.

Enquanto o sono não chegava, a noite povoava-se com
as histórias e os casos que o meu avô ia contando:
lendas, aparições, assombros, episódios singulares, mortes antigas,
zaragatas de pau e pedra, palavras de antepassados, um incansável rumor
de memórias que me mantinha desperto, ao mesmo tempo que suavemente me
acalentava. Nunca pude saber se ele se calava quando se apercebia de que
eu tinha adormecido, ou se continuava a falar para não deixar em meio a
resposta à pergunta que invariavelmente lhe fazia nas pausas mais
demoradas que ele calculadamente metia no relato: "E depois?". Talvez
repetisse as histórias para si próprio, quer fosse para não as esquecer,
quer fosse para as enriquecer com peripécias novas.

Naquela idade minha e naquele tempo de nós todos, nem será preciso
dizer que eu imaginava que o meu avô Jerónimo era senhor de toda a
ciência do mundo. Quando, à primeira luz da manhã, o canto dos pássaros
me despertava, ele já não estava ali, tinha saído para o campo com os
seus animais, deixando-me a dormir. Então levantava-me, dobrava a manta
e, descalço (na aldeia andei sempre descalço até aos 14 anos), ainda com
palhas agarradas ao cabelo, passava da parte cultivada do quintal para a
outra onde se encontravam as pocilgas, ao lado da casa. Minha avó, já a
pé antes do meu avô, punha-me na frente uma grande tigela de café com
pedaços de pão e perguntava-me se tinha dormido bem. Se eu lhe contava
algum mau sonho nascido das histórias do avô, ela sempre me
tranqüilizava: "Não faças caso, em sonhos não há firmeza".

Pensava então que a minha avó, embora fosse também uma mulher muito
sábia, não alcançava as alturas do meu avô, esse que, deitado debaixo da
figueira, tendo ao lado o neto José, era capaz de pôr o universo em
movimento apenas com duas palavras. Foi só muitos anos depois, quando o
meu avô já se tinha ido deste mundo e eu era um homem feito, que vim a
compreender que a avó, afinal, também acreditava em sonhos. Outra coisa
não poderia significar que, estando ela sentada, uma noite, à porta da
sua pobre casa, onde então vivia sozinha, a olhar as estrelas maiores e
menores por cima da sua cabeça, tivesse dito estas palavras: "O mundo é
tão bonito, e eu tenho tanta pena de morrer". Não disse medo de morrer,
disse pena de morrer, como se a vida de pesado e contínuo trabalho que
tinha sido a sua estivesse, naquele momento quase final, a receber a
graça de uma suprema e derradeira despedida, a consolação da beleza revelada.

Estava sentada à porta de uma casa como não creio que tenha
havido alguma outra no mundo porque nela viveu gente capaz de dormir com
porcos como se fossem os seus próprios filhos, gente que tinha pena de
ir-se da vida só porque o mundo era bonito, gente, e este foi o meu avô
Jerónimo, pastor e contador de histórias, que, ao pressentir que a morte
o vinha buscar, foi despedir-se das árvores do seu quintal, uma por
uma, abraçando-se a elas e chorando porque sabia que não as tornaria a
ver."


(por José Saramago)
Saudade da minha avô. Hoje fiz um café que me lembrou ela - café forte com cuzcuz, leite quente e manteiga.
Fui tão feliz com minha avô.
Tanto carinho.
Sinto uma falta corrosiva dela.
Tinha com ela momentos de felicidade inconsequente , dessas que não precisa de recibo, nota fiscal, acordos e conchavos.
Éramos felizes juntas e pronto.
Simples assim.

S.M.
Quero tudo que perdi de volta ...
Minhas asas.
Meu corpo.
Meu desejo.
Minha casa.
Meu ar.
Minha vida.
Pode ser gasto, usado, não importa . Quero tudo de volta.
Minha escolha.


Silvia

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Me sinto só...tô pra ir pro meio da rua e pedir ao primeiro que passar -
-Moço , pode fazer um favor : Dorme comigo.
Não me entenda mal - É dormir mesmo.
Sinto falta de gente , sinto falta de mão,de boca, de cheiro.
Sinto falta de proximidade.
E se eu mentisse ???
Se inventasse uma história???
Por isso é tão dificil a manutenção da recusa de estar com alguém que só te faz mal.Ainda assim é alguém.
Que merda.
Me sinto aberta , como uma porta roubada.
Mas,ainda assim existe uma defesa , um medo de aproximação, medo do medo das pessoas.
Podia ser simples se encontrar com o outro, mas , não é.
O outro é um buraco imenso e sem definição, desconhecido. é preciso estar pronto para se encontrar, e quem está ??????????????????????
NINGUÉM.
As pessoas querem se encontrar não...
Querem outras coisas.
cansada-demais-disso-tudo, queria mergulhar num entorpecimento, que me fizesse esquecer -sentimentos , desejos, vontades ...tudo...
Podia ter um serviço - DISQUE CARINHO, DISQUE AFEIÇÂO - Ligue e tenha uma migalha do que sua alma necessita . Preços Acessivéis.

Preciso de ajuda pra sair disso. Quero alguma normalidade pra apagar o rastro dos últimos anos de mim, do meu corpo.Quero uma nova cartografia no meu corpo, quero voltar a me ver .
Quero reaprender a ser. a sentir ,a permitir.
Quero mais não sei como começar - tenho medo.
Aranho e mordo a todos que me olham...
Estou assustada , insegura , feia, dolorida, usada, gasta.
E não sei como não mostrar isso aos outros, está marcado na minha voz , na minha pele , na minha vontade de viver , no meu desejo.
Me sinto suja,.
Virão ???Por isso não queria escrever por um tempo , parece uma ladainha , um disco de vinil arranhado e antigo.
TODOS SABEM QUE EU ESTOU CANSADA .

QUando acaba??Alguém pode me dizer ????
Pode mentir ...Me dê uma data.
Uma ilusão qualquer pra eu me apegar...
Desculpe...
Já entendi : existem coisas que não devem ser ditas...
E eu faço o que além de colocar isso tudo pra fora como vômito, como larva??????