rastros dos que aqui estiveram...

Quem sou eu

Minha foto
Eu sou uma pessoa que insiste em coisas que já deviam ter findado, Tenho um limite muito largo e um pavio infinitamente curto.

Com quem colar os cacos...

Filmes pra bulir com a alma...

  • NÓS QUE AQUI ESTAMOS POR VÓS ESPERAMOS
  • DANÇANDO NO ESCURO
  • SR. DAS MOSCAS
  • ESTAMIRA

domingo, 30 de maio de 2010

É COMPULSIVO o ATO DE não saber onde e quando parar...
"Dizem que, mesmo antes de um rio cair no oceano, ele treme de medo. Olha para trás, para toda a jornada: os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre... Porém, não há outra maneira. O rio não pode voltar. Ninguém pode voltar.Voltar é impossível na existência. Você pode apenas ir em frente. O rio precisa se arriscar e entrar no oceano. E, somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece, porque só assim o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano... Mas, tornar-se oceano. Por um lado, é desaparecimento. Por outro lado é ficar mais vistoso. Portanto,renascimento.
Assim somos nós. Só podemos e devemos ir em frente e arriscar... Sobretudo,coragem, avance firme, faça como um rio, siga em frente sem temer, e,torne-se "oceano"!!!"
Vasculhando minhas coisas achei esse texto de Augusto Boal, lembro que gostei muito na época, decidi repartir com vocês.

17 de Outubro, Rio de Janeiro

Caros Companheiros,

eu quero lembrar àqueles que são da minha idade - e quero revelar
aos menorzinhos -, que errar faz muito bem à saúde... desde que se
aprenda. Nós aprendemos muito, aprendemos que não podemos continuar
errando os mesmos erros que erramos no nosso passado político. Nunca
mais os erros de 64: nunca mais a divisão.
Como cada um de nós é uma unicidade, é natural que, mesmo quando
pensamos a mesma coisa, pensemos essa mesma coisa de forma
diferente. Cada gêmeo, cada família, cada torcedor de um mesmo time,
cada membro de uma mesma associação antifascista, cada militante de
cada partido político de esquerda, por mais que tenha, com os
demais, um sólido denominador comum, pensa de forma diferente a
mesma coisa igual. Isso é maravilhoso, é assim que se avança:
cotejando opiniões, dialogando entre companheiros, manifestando
dúvidas e hesitações.
Mas tem um porém: vezes há em que o combate se dualiza e o
mundo se divide em duas metades: não existe terceira metade, não
existe a terceira margem do rio. É lá ou cá. É este esse momento: ou
cá ou lá!
Em 1964, a esquerda se dividiu em ALN, PC do B, Var-Palmares, MR8,
PCR e outros: um mais à esquerda, outro menos à esquerda; um, um
pouco mais ou menos à esquerda, outro menos ou mais; uma esquerda
assustada, timorata e temerosa, outra afoita, destemida e corajuda.
Eram tantas divisões e dissidências, dissidências das divisões e
divisões das dissidências, divisões das divisões e dissidências das
dissidências, que, nós, a maioria, que éramos todos contra a
ditadura mas estávamos divididos, atomizados, nós fomos vencidos.
Todos. Perdemos para uma ditadura sólida, que também tinha nuances,
inimizades, conflitos econômicos, mas que eram todos ditadores.
Hoje, só eu penso como eu, só Lula pensa como Lula, só cada
um de nós pensa como cada um. Mas, mesmo pensando diferente, todos
pensamos a mesma coisa: temos que derrotar esses adversários. Não
para que sejamos os vencedores, - não há medalhas a distribuir, nem
taças nem troféus - mas para que vença o povo brasileiro. Não por
nossa causa, ou não apenas, mas pela causa dos países irmãos nossos
vizinhos, pela causa dos países escravizados da África e de toda
parte, globalizados, fagocitados pela potência hegemônica que
dissemina a guerra inclemente e a pilhagem desavergonhada. Não por
nossa causa, ou não apenas, mas pela causa dos pobres e miseráveis
brasileiros e do mundo inteiro, inclusive dos países ricos, pois que
lá também existem oprimidos, humilhados e ofendidos.
Não somos nós que radicalizamos: é a direita! Hoje, nós
estamos diante de uma direita canibal - no sentido figurado, pois
come as riquezas do Brasil, privatizando, privatizando,
privatizando -, e no sentido literal, como aconteceu domingo no
Leblon, quando alguns fascistas comeram um dedo de uma militante
petista. E tiveram a sem-vergonhice de dizer que o comiam para que
ela tivesse no corpo a marca do Lula… E eu digo: se fosse necessário
marcar no corpo a sua ideologia, então a direita teria que cortar,
não um dedo, mas a cabeça.
Eu não quero dizer nem peço, eu não peço nem penso que
devemos esquecer as diferenças que temos. Temos que vencer a
direita, sim, mas temos que continuar mobilizados depois da vitória.
Para vencer a direita não basta que nele votem todos os que são de
esquerda; é preciso que toda a esquerda vote no Lula, mas é preciso
também que votem nele todos aqueles que não são de direita: são
esses que devemos conquistar. Temos que votar e multiplicar!
Na primeira posse de Lula houve um acidente e um incidente
que ficaram gravados nos olhos da minha memória. O acidente foi o
carro onde estava Lula quando ia tomar posse. O calhambeque, bonito
carro de coleção, subia uma ladeirinha quando morreu o motor. O
risco era que voltasse tudo pra trás, ladeira abaixo, com Lula
dentro. O povo, o querido povão que estava lá, não hesitou: empurrou
o carro que subiu ladeira acima e o povo ficou só olhando o carro
que se afastava.
Depois da posse, aconteceu o incidente: o povo queria ver de perto,
abraçar o presidente, mas tinha pela frente um espelho d´água. Outra
vez o povão não hesitou e, vestido como estava, mergulhou n´água, e
foi lá para o palácio encharcado, pingando peixinho dourado, foi
abraçar Lula, ou ver de perto.
Hoje, mais uma vez, mais do que nunca, não podemos hesitar:
temos que mergulhar no espelho d´água, temos que empurrar o carro
montanha acima, e temos que continuar empurrando depois da vitória,
empurrando sempre, porque não é justo deixar que um homem só faça o
trabalho que compete ao povo inteiro.
Nossa maior emoção política foi no dia em que paramos de gritar Lula
Presidente e pudemos gritar Presidente Lula. Ele foi eleito, mas
fomos nós que gritamos.
Lula, nós sempre estivemos do teu lado e, hoje, mais do que
nunca, estamos com você! Mas de nós, Lula, você nunca mais vai se
livrar. Assim seja!


* * *
O APANHADOR DE DESPERDÍCIOS

"Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas.
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que as dos mísseis.
Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor os meus silêncios."

Manoel de Barros
Caderno 3
ARTIGO
A necessidade do contemporâneo


Galinhas de Gala e Galinheiro de Gala: exposição gera debate (Foto: ADRIANA PIMENTEL)

A exposição “Galinhas de Gala e Galinheiro de Gala”, de Laura Lima, divide público e teóricos da arte

Surgida no final do anos de 1960, tendo como principais influências o Dadaísmo e a Arte Pop, a arte contemporânea não é compreendida e nem aceita por parte das pessoas. Talvez, por achá-la estranha àquilo que consideram como arte ou por preferirem a arte clássica. Exemplo disso é o que vem acontecendo com o trabalho ´Galinhas de Gala e Galinheiro de Gala´, da artista Laura Lima, exposto no Museu de Arte Contemporânea do Centro Cultural Dragão do Mar de Arte e Cultura.

Feia, bonita, absurda, paradoxal e transgressora, a arte contemporânea aparece para pôr em xeque a idéia de perenidade da obra, enfatizando a atitude ou a situação de onde brotam as expressões artísticas, em vez da forma ou da técnica. Assim, a arte contemporânea instiga o observador à dúvida, até mesmo, quanto à própria legitimidade de um trabalho ser considerado ou não uma obra de arte, mostrando que a arte não é só a pintura em tela, mas, sobretudo, a vida. Aqui, refiro-me não só a vida animal (desde que não envolva maus-tratos), mas a existência como um todo.

De acordo com a crítica de arte, Sheila Leiner, no livro ´Arte e seu tempo´ (1991), assim como a ciência, a arte segue um caminho evolucionário, que sempre parte de um estágio de desenvolvimento para outro. Como uma ´diáspora estética´, a arte contemporânea se mostra ´altamente desenvolvida, perigosa, otimista, vital, ao mesmo tempo óbvia e ambígua, que mostra o que ela quer ser sem revelar o que ela sabe. Mais do que uma arte de transição, esta é uma arte inicial que toca de perto a ancestralidade, o primitivo´, assim defende a crítica de arte

Confrontada com uma desconcertante profusão de linguagens, formas, práticas e materialidades, a arte contemporânea parece não ter limites. Em tudo se encontram possibilidades, interesses, aceitações e poesia. Nela, o que vale mesmo é a diversidade e a experimentação da expressão artística. Em outras palavras, a desconstrução da realidade passou a ser tão significativa quanto a própria construção.

O artista contemporâneo nos convoca para um jogo onde as regras não são lineares, mas construídas em redes de relações possíveis ou não de serem estabelecidas. Logo, nem tudo que parece é! O artista contemporâneo, conforme Fernando Cocchiarale, em ´Quem tem medo da arte contemporânea?´, busca uma interface com quase todas as outras artes e, mais, com a própria vida, contaminada por temas que não são tidos como ´próprios para a arte´. Se arte contemporânea dá medo ou incomoda tanto as pessoas é por ser ela abrangente demais, complexa e muito próxima da vida. A arte, em todos os tempos, sempre desconstruiu e recolocou o novo. O ideal de arte da antigüidade, passando pelo renascimento e a modernidade foi motivo embates, conflitos, consensos e discordâncias. Como é a arte contemporânea. Porém, de qualquer forma, sejam bem-vindos a contemporaneidade!

ANA CECÍLIA SOARES
Especial para o Caderno3
A autora é especialista em Teoria da Comunicação e da Imagem pela UFC e publicitária

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=595611



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O LAÇO E O ABRAÇO

Mário Quintana

Meu Deus! Como é engraçado!
Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço... uma fita dando voltas?
Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira, circula e pronto: está dado o laço.
É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço.
É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço.
E quando puxo uma ponta, o que é que acontece?
Vai escorregando... devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço.
Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.
E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.
Ah! Então, é assim o amor, a amizade. Tudo que é sentimento.
Como um pedaço de fita.
Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço.
Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.
E quando alguém briga então se diz: romperam-se os laços.
E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço.
Então o amor e a amizade são isso...
Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam.
Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço.

ADORO PAPOULAS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

uma imagem...


Encaixotada/aprisionada/acomodada/alienada/exposta/isolada.
O que te sugere essa imagem????????????????

Um presente....

Receita pra lavar palavra suja
(Viviane Mosé)

Mergulhar a palavra suja em água sanitária.
Depois de dois dias de molho, quarar ao sol do meio dia.
Algumas palavras quando alvejadas ao sol adquirem consistência de certeza. Por exemplo,
a palavra vida. Existem outras, e a palavra amor é uma delas, que são muito encardidas
pelo uso, o que recomenda esfregar e bater insistentemente na pedra, depois enxaguar em
água corrente. São poucas as que resistem a esses cuidados, mas existem aquelas.
Dizem que limão e sal tiram sujeira difícil, mas nada. Toda tentativa de lavar a piedade
foi sempre em vão.
Agora nunca vi palavra tão suja como perda.
Perda e morte na medida em que são alvejadas soltam um líquido corrosivo, que atende pelo
nome de amargura, que é capaz de esvaziar o vigor da língua. O aconselhado nesse caso é
mantê-las sempre de molho em um amaciante de boa qualidade. Agora, se o que você quer é
somente aliviar as palavras do uso diário, pode usar simplesmente sabão em pó e máquina
de lavar.
O perigo neste caso é misturar palavras que mancham no contato umas com as outras. Culpa,
por exemplo, a culpa mancha tudo que encontra e deve ser sempre alvejada sozinha. Outra
mistura pouco aconselhada é amizade e desejo, já que desejo, sendo uma palavra intensa,
quase agressiva, pode, o que não é inevitável, esgarçar a força delicada da palavra
amizade. Já a palavra força cai bem em qualquer mistura.
Outro cuidado importante é não lavar demais as palavras sob o risco de perderem o
sentido. A sujeirinha cotidiana, quando não é excessiva, produz uma oleosidade que dá
vigor aos sons.
Muito importante na arte de lavar palavras é saber reconhecer uma palavra limpa. Conviva
com a palavra durante alguns dias. Deixe que se misture em seus gestos, que passeie pela
expressão dos seus sentidos. À noite, permita que se deite, não a seu lado mas sobre seu
corpo. Enquanto você dorme, a palavra, plantada em sua carne, prolifera em toda sua
possibilidade. Se puder suportar essa convivência até não mais perceber a presença dela,
então você tem uma palavra limpa.

Uma palavra limpa é uma palavra possível.

Ganhei do Otacilio esse lindo presente...
Aqui agradeço.
Silvia M.

terça-feira, 25 de maio de 2010

asim...

compulsivamente...
sem freios
com muito assuntos ao mesmo tempo
como numa corrida sem fim...
com fome...
sem a chave do controle na cabeça.
como um engasgo, um soluço talvez..
aos trancos

sei lá........

Vi e mexeu algo dentro de mim...

http://www.youtube.com/watch?v=zl6hNj1uOkY&feature=related

vejam.. é forte e docante , tem tudo a ver com a conversa que tive com o mototáxi.
Qual é mesmo a vida quea gente quer???????
Pra quer correr tanto??/
E porque estão todos sempre tão apressados?????????
Vivemos ou empilhamos tarefas???
Vivemos ou reproduzimos imagens que vão se colando no nosso inconsciente???????

Ai que conversa ...
Deu saudade do Kian...
Quem sabe um dia consigo falar sobre ele!!!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

O que lasca é o julgamento antecipado...

Uma carência de bons encontros...
Hoje tive uma boa conversa com o mototáxi,assunto sério, foi bem bacana.
Quase dei meu telefone pra ele.
Fiquei com vergonha de dizer : me liga qualquer coisa, talvez ele levasse pra outro caminho.
Oh besteira!!!!!
Devia ter dado, mesmo assim.
Foi tão bom...

Vi essa foto, copiei... Não resisti a publicar...
Porque será que em principio algumas pessoas se preocupam tanto com a vida dos outros???
Quase nem dou conta da minha vida,me atropelo,escorrego de me manter em dia das minhas coisas...
E falo "se preocupam" , mas daquele jeito de se imcomdar, não é preocupação de ajudar não...
Porque "essa preocupação " tá valendo.
Silvia M.
Eu sei :já fui feliz um dia.
Mas, e se eu dizer que não é de felicidade que sinto falta?????
Lista de Faltas :

Afeto.
Ficar deitada numa rede numa tarde de domigo , quieta , sem medo.
Fazer coisas, sem me boicotar.
Conquistar coisas importantes sem BRIGAR TANTO.
Conversar besteiras, jogar conversa fora com algumas pessoas...
Não me sentir tão cansada , de um motivo concreto, ou seja das mesmas coisas.
Encantamento...
Terça se Dança .
Ver um bom espetáculo que me tire o chão, que me encha de perguntas.
Saber usar o tempo.
Uma pessoa, em especial...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

A vida me encanta, me assusta e ás vezes me cansa. Rodopio de um estado ao outro como uma folha .Sinto que ela me exije muita coragem,e um estado de constante e firme presença.
Então...viver será isso??????????????...
Comi Juá, esses dias, comi, do chão , com sujinho e tudo...
Gosto de antigamente, lá longe a voz da minha avó dizendo:
Menina , lava esse juá,vai crescer cobrinha na tua barriga...
E eu nem ligava comia sem lavar, o bom era o gostinho de areia do açude que vinha junto.
comia rindo,de tão bom que era...
Faltou o açude perto pra correr e pular dentro, lavar a mão , que nada...
Aproveitava e lavava o corpo todo com roupa e tudo, e de quebra lavava a alma.
Depois saia feliz, cheia de cobrinha na barriga...

Silvia m.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Prêmio Dardos

Este artigo foi postado no Blog da Nádia o lado N das coisas.
Hoje entrei lá pra ler , porque gosto e vi o artigo.Nossa!!!que baita surpresa, ela escolheu o sobresilvia entre os 15 blogs(ou quase) que ela queria premiar.Super agradecer. Adoro as coisas que ela escreve . Também fiquei muito curiosa pra ler os outrs escolhidos por ela.
Nádia - Meu agradecimento pela escolha.

"Este é o Prêmio Dardos , que tem como intuito homenagear os valores transmitidos por cada blogueiro - palavras da Sabrina que eu me dei ao direito de copiar". E eu ainda copiei isso do blog 'Pontos de Ligação'! Um membro do blog (Letícia Rosa) que me escolheu como uma das ganhadoras. Então eu resolvi participar também homenageando os blogs que admiro.


O ganhador do "Prêmio Dardos" deve:

1. Exibir a imagem do selo em seu blog.
2.Linkar o blog pelo qual recebeu a indicação.
3.Escolher outros quinze blogs a quem entregar o prêmio dardo.
4.Avisar os escolhidos.


São eles:


Provocação das Coisas - de D.Q.M
Vida Flor - M.A.
O Cinema e a Pessoa - de Ranieri Brandão
O Café dos Loucos - de Miguel
The Bettie Pages - de Mel e Mari.
Philosophy Strikes Again - de Black
Cartas Para Ninguém - Um grupo com cerca de 10 pessoas.
Entulho Cósmico - de João Leno Lima.
Intantes no Tempo - de Luliana Leite
Tamara Roots - de Tamara
Sobre Silvia - de Silvia Moura
Pontos de Ligação - Grupo


Não tenho 15 blogs muito preferidos, não quis pôr qualquer um só pra encher o espaço :/
- - - -
Quantas rupturas de sentido é preciso acolher ou deixar vir à tona ou mesmo promover
para desarticular aquilo que nos impede de sentir e pensar o presente?

em Finnegans Ueinzz, [por James Joyce?]
- - - - -
Conformação não é nem de longe uma coisa sã , na minha opinião...
Saudável mesmo é a incorfomidade.
Não evocar dores, porém, também não evitá-las.Varrer para debaixo de algum tapete ou canto esquecido.
Onde há dor , há de haver vida.
O exagero é a medida dos que não querem se calar...
Não fugir.Não se conformar...Gritar se preciso for. Esperneiar...
Uma certa forma de inadequação ao que estando estabelecido parece virar regra.
Sei...Imagino que vocês devam estar pensando :ISSO CANSA!!!!!!!
E eu pergunto e dai?????????????????????
Aceitar tudo pacificamente também cansa...Sobretudo aquelas coisas queestão na gaveta do: Imutável.
Silvia m.

sábado, 8 de maio de 2010

Não há nenhum dia em que se possa de fato acreditar como será seu fim...
Nenhum peso que não possa ser dividido.
Hoje - Dia das mães , faz uma enorme diferença ser mãe.
Sinto muita falta da minha avô, da outra avô também.As duas.
Comemoro esse dia abrindo a noite , dançando as minhas músicas prediletas, aos berros , canto no meu quarto...e danço....
Quem eu seria sem filhas???????????????
Quem eu seria sem minha mãe????????????????
Não sei.
Adoro minha mãe. respeito e admiro, devo tanto do que sou a ela...tanto...
e as minhas filhas ??????????????????
vejo todos os dias sintomas do que serão...
Agradeço a Deus ter tido coragem de não recusar as três - Maira -Eloá-Iná...
Tão diferentes, tão únicas....
Quero ser avô...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Para pensar...

"Mesmo uma sociedade inteira, uma nação, ou mesmo todas as sociedades existentes num dado momento em conjunto, não são donas da Terra. São simplesmente suas possuidoras, suas beneficiárias, e têm que a legar, num estado melhorado, para as gerações seguintes, como bons pais (e mães) de família" (K. Marx).

"A vida é como andar de bicicleta. Para manter-se em equilíbrio, você deve estar sempre em movimento" (A. Einstein)
Ontem fui a manifestação Por conta do Acidente que envolveu a Ciclista Patricia Dalva e tirou sua vida.Ela não é a única, nessa mesma semana um Sr. foi arrastado por um motorista bebâdo.
Tantos casos , é assustador.
Fica em mim ecoando a pergunta - O que podemos fazer por uma cidade mais humana ????
Divido aqui palavras de Xico Aragão que e fazem pensar sobre essas e outras questões.

Em 4 de maio de 2010 10:01, Francisco Aragão escreveu:

A luta é por consciência coletiva e não por vias exclusivas.

Veja só:

Temos algumas ciclovias na cidade e ninguém as utiliza.

É como se não existissem. A violência é nas bicicletas, nas motocicletas, em todas as praças e em todas as vias. Aqueles que trafegam de ônibus são vítimas de assaltos diariamente. Os motoristas de táxi reclamam por mais segurança. Os pedestres querem mais ronda do quarteirão. O medo atinge todas as modalidades. Andar a pé no interior dos “shoppings” desde que você esteja de olho nos seus filhos e sempre próximo deles. Não se trata de querer vias exclusivas para atender meu sonho de cidade. A cidade está dentro de cada um assim como o medo. O mito urbano do dentro e do fora, do público e do privado faz pensar na necessidade de mais ciclovias. E as tais janelas de passagem substituídas pela imagem eletrônica a qual você se refere, não atinge a todos da mesma forma nem tão pouco promove uma consciência sobre a necessidade de busca por lugares de encontro. O mito da ameaça e do controle sobre os lugares reforça o sonho de ordenamento, de normatização. Falamos mais pela internet e nos “encontramos” mais vezes nos programas de TV.

Duas vezes na mesma semana no cena pública.

Com a TV perdemos a consciência do encontro com o outro. Sem compartilhar ou discordar da opinião do outro; Acreditamos que temos a mesma opinião sobre grandes temas e sobre temas cotidianos. O dentro e o fora, o público e o privado nos apavora ainda mais. O IBOPE determina a grade de programação e de temas a serem falsamente discutidos e refletidos. Constroem-se novos mitos e disputas: algumas vezes com aquela preocupação ambiental, algumas outras com apelos sociais. O problema que Virilio coloca é que “tudo ocorre no mesmo lugar e ao mesmo tempo” na cidade contemporânea. O lugar do trabalho e o lugar do ócio se fundem. O tempo da alegria e do medo são o mesmo tempo. O real e o sonho é negado a quase todos. Mas precisa ser cobrado de cada indivíduo em contato permanente com o outro. Ou seja, no ambiente coletivo. Não temos mais esse lugar e enviamos E-mails em vias exclusivas de acessos.


Xico Aragão

segunda-feira, 3 de maio de 2010

escrevendo para um amigo sobre meu escurecimento involuntário:

Entendo,sei bem como é essa sensação de afeto, apego e salvação que o trabalho causa-sempre digo a dança me salvou e me salva sempre de enlouquecer , de morrer.

mas, o que faço com esse buraco imenso que teima em roer meus ossos ???que me atormenta e me tira do eixo?uma falta ,uma saudade, um espaço vazio dentro de mim.uma inconformidade , uma inadequação para lidar com coisas corriqueiras e banais da tal realidade .oscilo entre o furacão e o leito seco de um rio.ai.ai.ai.

mas,não me engano, já estive pior...

sábado, 1 de maio de 2010

"A poesia está guardada nas palavras - é tudo que eu sei.
Meu fado é o de não saber quase tudo.
Sobre nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
Poderoso para mim
não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificânsias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado e chorei.
Sou fraco para elogios."
Manoel de Barros.
"Há muita luz pra pouco túnel..."
Eu estou aqui, ali,em qualquer lugar ,em todos os lugares,espalho meus pedaços ao vento, como migalhas de pão,um caminho, um trajeto talvez.
E quando eu estiver perdida-recolherei os meus pedaços e voltarei pro canto de mim mais forte, mais limpo ,mais claro.
e quem sabe : Gritarei de prazer por me reencontrar, e cantarei as músicas mais queridas, o prazer de encontrar uma velha amiga, companheira.
será bom me encontrar, vou gostar de saber de mim, de me ouvir contar histórias de um outro tempo, de ver meus olhos brilhando de encantamento. será bom.
sei que não vou esquecer desse encontro.
já me perdi e me reencontrei tantas vezes ,mesmo assim, é sempre uma festa.