rastros dos que aqui estiveram...

Quem sou eu

Minha foto
Eu sou uma pessoa que insiste em coisas que já deviam ter findado, Tenho um limite muito largo e um pavio infinitamente curto.

Com quem colar os cacos...

Filmes pra bulir com a alma...

  • NÓS QUE AQUI ESTAMOS POR VÓS ESPERAMOS
  • DANÇANDO NO ESCURO
  • SR. DAS MOSCAS
  • ESTAMIRA

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

hoje...

Hoje recebi um cartão- que sensação boa. Entregue em minha casa.
Nossa!!!!Quase nem acreditei...
Recebi um texto lindo sobre a necessidade de se buscar uma Cidade gentil.
E vim aqui e tenho vários comentários.De pessoas que considero.
Um bom amigo esteve todo o dia em minha casa.Jogamos muita conversa fora.
Estive com muita dor todo o dia, mas, nem liguei,.Não consegui sair de casa, mas, tudo bem, o dia corria tão bem.
Mudei coisas do lugar, tão difícil pra mim tirar coisas do lugar. Me sinto perdida.
Só faço isso em minha casa quando é extremamente necessário.Me poupo, economia mesmo.Deixo as mudanças pra outros cantos, os que não tenho controle.
E pra me tirar do buraco recebo um amigo querido em minha casa.Ficará uns dias.
E no fim do dia fiz uma sopa deliciosa-dessas que se come acompanhada de pão de verdade. Ai que bom !!!!
Resgate -Salvamento-Suspenção-Equilibrio precário-Retirada extratégica-Pausa para respirar.
Enfim.
Agradecida respiro.
E como água me deixo levar.
Surpresas, delicadezas.Que me salvam.
E assim vou chegando em outro canto demim...
Silvia

divisão de silêncios...

Fragmentada....é assim que me sinto.
Entre um dia bom e outro em que mal consigo estar de pé.
Presinto mudanças,farejo ...
Tenho medo.
Cansaço.
Solidão.
E topo de súbito com um bem estar , um encontro,uma possibilidade de algo novo.
E logo depois sem pedir licença como um assalto - lá vem -se instala uma dor de morte.
É cruel viver na corda bamba.
Mas, quero que fique claro entre nós : não estou mal.
Não se trata disso.Há em mim uma ferida aberta,não cicatrizada. que abre ao menor movimento.
E é fato que eu me mexo, que eu não deixo quieto.
Vivo um dia e torço pra que no outro eu esteja forte.
Tento não fazer planos muito distantes.
E torço os dedos e penso firmemente quando posso, quando consigo:
VAI PASSAR!!!VAI PASSAR!!!!!
silvia.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A Tribo

A tribo tem seu próprio carisma.
A tribo é um grupo de pessoas enlaçadas pelo amor. Dessa forma encontram formas de sobreviver, e dessa maneira a tribo exerce uma fascinação especial em uma sociedade carente de amor.
A sociedade tolera as comunidades experimentais na medida em que pensa que elas somente dedicam-se a achar soluções para os problemas que nos colocam as proposições utópicas impraticáveis. Se não encontram as soluções práticas e concretas, terminarão por si mesmas. Se encontram as soluções , a sociedade tenta apoderar-se delas para as neutralizar.
A palavra tribo é aqui utilizada para descrever um grupo de pessoas que se acham próximos aos grupos étnicos que não chegaram a perder nunca sua relação com a Terra, o Sol, a Lua, o Vento, a Água, o Fogo, com o Toque, com a Alegria, o Corpo, o Prazer de conviver, de trocar.
As coisas primárias...Essenciais...
Grupos cuja existência é o testamento de um certo tipo de natureza não artificial, que lida com a vida sem arrasá-la,buscando harmonia com a natureza das coisas e das pessoas.
A tribo é um modo de fazer coisas divertidas e inteligentes juntos.Cada membro pretende o benefício e o bem estar de todos os membros. Uma comunidade onde os indivíduos não estão alienados uns aos outros.
Movendo-se numa sociedade que morre de solidão e de seus terríveis efeitos: O amor artificial, a morte prematura, por rivalidade, ou inimizade, a morte por dinheiro ou a batalha por ele, a morte por envenenamento do gás das indústrias do lazer e do entretenimento massificador e de nossas instituições e moralismos caducos.
A tribo tem sobrevivido às forças opostas dos tempos graças à ajuda mútua.
...Não se pode ser uma comunidade completamente livre dentro de uma sociedade capitalista. É uma ilusão imaginar que se possa sê-lo.
Enquanto o capitalismo estiver em torno de nós, em nosso interior, não teremos possibilidades.Tudo o que podemos fazer é trabalhar criativamente dentro de algumas limitações, até que desmoronem os muros. A influência da estrutura pútrida é forte e nós somos fracos. Mas nessa batalha, vence o frágil, porque o forte está rígido e podre, mas os frágeis são flexíveis e estão vivos.

(do livro-THE LIFE OF THE THEATER de Julian Beck)

Esse texto caiu na minha mão em 1988 - sempre que o leio me sinto viva e muito , muito capaz de enfrentar a queda necessária dos muros que me cercam.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Pois então...
Hoje indo ao supermercado me deparei com um caroço mal comido de "cajarana" no chão, imediatamente me veio o sabor da minha infância, adorava a época de "Cajarana".
Você comia Cajarana ?????????
Eu adorava-madura, de vez(quase verde). Era muito bom.
também tinha pitomba,macaúba,carambola,siriguela,cajá,jambo.
Como era bom, tinha gosto de férias, de liberdade,comer as frutas sentada numa beira de calçada,ou na área , como se chamava o pátio da casa ou varanda, se comia numa bacia de aluminio, pra não jogar os caroços no chão.
Bom demais.
E você comia o que na sua infância ??????????????????
Hoje fiquei me perguntando - Onde foram parar todas essas frutas que quase não vejo mais????
Será que elas sumiram ou foi eu quem cresci e esqueci do prazer de sentar na área com uma bacia de aluminio no colo, e ficar comendo feliz, sem pressa, deixando o tempo escorrer devagar misturado com as cascas e o cheiro forte de fruta madura.
A felicidade é simples e clara, nós é que vamos nos complicando.
Ou nos perdemos na busca de "uma FELICIDADE arrazadora", de tomar fôlego, de perder o rumo ?????
Bom é felicidade besta , que dá saudade e pode ser revivida na memória.
Silvia.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Me perguntaram : “Quem sou eu”.
Respondi – “Uma pessoa comum...”
As pessoas não aceitaram.
Sinto muito.
Então acrescentei - que era uma pessoa comum, porém de escorpião.
Ainda assim muitos reclamaram, duvidaram e etc...
Pois então pensei melhor :
Não sou uma flor,,não cheiro a rosas,Meus olhos não são verdes,.
Sou assim, fedo, rasgo, mordo.
Sou vidro moído, grito muito, choro.
Meu travesseiro é de pedra.
AH! ia esquecendo :tenho calos e feridas.
Então não podem me denunciar ao DECON - Nào vendi gato por lebre.
Há em mim algo de indolência.Falta de vontade ,ou uma vontade de não sei o que...
Ontem vi parte da transmissão do Desfile de Carnaval de São Paulo -impressionante.Mesmo depois de tantos problemas com a chuva que assolou a cidade, as Escolas de samba conseguiram recuperar seus carros e alegorias e fizeram o desfile- Só no Brasil . É lindo ver a força que um povo tem, ver que sempre há uma saída para as tragédias. Queriam tanto que tivessémos essa mesma mobilização para mudar o que tem que ser mudado para haver uma mudança na qualidade de vida do nosso povo.
Terminei de ler um livro que me fez muito bem - MARE NOSTRUM de Fauzi Arap, me deu uma vontade enorme de conversar com ele, trocar algumas impressões, temos tanto em comum, em alguns momentos me reconheci no seu texto. Queria se possivel, conversar com ele.
Na verdade , ando meio carente de conversas, de olho no olho. Digo "conversa" , essas que se abre o coração sem medo de ser compreendido ou não, em total confiança.
Sinto falta de amigos.
Não desses 993 do orkut, não. Sinto falta dos meus amigos de verdade.
Nem vou perguntar ,onde estão os meus amigos???????????????
nem vou responder...
Estão todos vivendos suas vidas.
É assim....
Paciência.
Enquanto isso escuto Gold Frap , que me lembra o Milton e que me foi ofertada pelo William , que está em Guaramiranga... e !!!!!!

domingo, 7 de fevereiro de 2010


Se me fogem as palavras, sinto vontade de correr descalça. Se me fogem os assuntos, sinto logo vontade de rir bem alto.
Se eu fujo, logo sinto vontade de ser encontrada!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

e assim...

Colhemos flores murchas no fim da festa, porque nossa busca é inútil.
Estamos afeitos a nos desencontrar.
Porque a solidão devora nossos melhores sorrisos.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

então...

Parece que faz tanto tempo que não escrevo... Tenho a sensação que entre novembro e janeiro se passarão anos. Tantos textos passam por minha cabeça, e voam como nuvens, como falo nas minhas aulas : " não se prendam,deixe que simplesmente passem" .
Uma certa acomodação venho sentindo,um entorpecimento. Como se tivesse tanto pra contar e não soubesse como - e tenho mesmo.
Queria me destemperar ,perder o prumo, escrever sem pensar, em desatino...
E deixar que a vida exerça seu poder de atar as pontas dos nós que estão separadas.
Deixei meus carrinhos pela estrada... Queria contar uma história, mas,não consigo.
E cada ato que faço meu corpo revela.Sou filha de vento com trovão - furiosa e sonhadora, finco raizes bem fortes , mas , me deixo balançar e me tomar por chãos alheios...
De azul não gosto de roupa vestida em mim. Mas, ás vezes me ponho o direito de me candidatar a essa leveza - um vestido bem azul, e um batom vermelho num sábado de manhã cedinho, coisa de mulher que quer espantar o sol...
Quem sabe de dentro de mim????????????????
Me dou o direito de mudar de idéia - como um defeito de fábrica.
Não fumo por escolha - mas, posso gostar do cheiro...
Não bebo por escolha -mas, se convidar com jeito até me embriagar posso. Mas , de desejo mesmo - prefiro estar sóbria. Porque me espalho com muita facilidade . E dá trabalho juntar meus cacos.
Ei!!!!!!!!!!!!!!!!!! Do que queria falar já me perdi, agora as palavras me comem como se come um bom prato de feijão - com a mão mesmo ,sem nenhuma cerimônia.
Virei comida de letras, significados, assuntos. Espero que me arrotem. Que não tenham indigestão.
Porque nesse momento estou leve... delicada... um sopro.
Então se mastigar forte , me engolem rápido.
Eita!!!! me perdi de novo...
É doce estar perdida bem no meio da sua solidão. Nenhuma lágrima, nenhuma dor aguda , nenhuma inquietação urgente, nenhum grito pra parir, nenhum pensamento de morte anunciado, nenhuma tragédia pessoal.
Apenas só e perdida ...
Simples assim...
Silvia m.