rastros dos que aqui estiveram...

Quem sou eu

Minha foto
Eu sou uma pessoa que insiste em coisas que já deviam ter findado, Tenho um limite muito largo e um pavio infinitamente curto.

Com quem colar os cacos...

Filmes pra bulir com a alma...

  • NÓS QUE AQUI ESTAMOS POR VÓS ESPERAMOS
  • DANÇANDO NO ESCURO
  • SR. DAS MOSCAS
  • ESTAMIRA

sábado, 28 de fevereiro de 2009

sobre palavrão...

sobre palavrão...
Palavrão é dor, medo,solidão,desânimo, miséria,é vergonha, tristeza,angústia...
palavão é boca calada com vontade de gritar, é gente sem brilho no olho, é gente com medo de gente, palavão é desencontro, é mentira, é inveja.
palavrão é ...tomar sopa na chuva, sem conseguir dormir, com o juízo atormentado. palavrão é achar que o quarto podia ser menor pra se perder dentro... palavrão é grito de mágoa recolhida, palavrão é querer virar página de livro e sumir entre as letras, entre um ponto ,imprensada em duas letras , ou acentos.
palavrão é algo dificil de engolir.
s.m.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

receita para acalmar um pouco..

Para não explodir,e me acalmar a receita que consegui agora :

*fazer crochê ouvindo música (só serve se for boa música) - hoje: CássiaEller,Um pouco de Zeca Baleiro e Elza Soares, não sei mais tarde. Deu uma saudade enoprme de Ângela RoRô, vou ver se encontro algo dela.
* Ler algo que me dê alento : agora "Mansamente Pastam as Ovelhas" de Rubem Alves, que sempre metoca delicadamente.
"O Amor esquece de começar" do Fabricio Carpinejar , que eu adoro, e releio sempre.
Os dois me colocam num lugar de serenidade.
*Escrever, escrever, escrever....
*Ter uma aula de carinhas com o Jesuita e dar boas gargalhadas, inocentes, muito bom pra acalmar.
* pensar numa boa aula, retirar de dentro da minha caixinha de sensações,coisas bem bonitas que sinto e vejo nas aulas.
Outro dia falo sobre minha caixinha de sensações...
*seria bom comer algo gostoso, mas, me sinto frágil pra ir até no supermercado...
*um sono sem sonhos, sem tempo, desses de remédio pra dormir.
*Seria bom também uma sessão de conversar besteiras com meu amigo Fernando, mas , não dá ele está muito longe. Às vezes funciona com a Eloá, mas não é a mesma coisa, só as besteiras do Fernando me acalmam.

Nossa!!! como preciso de muitas coisas pra me acalmar.
S.M.

à propósito...

Fazia um tempo que queria usar...
À propósito - Adoro Mário Quintana.

Chorei...

Lembro sim:
CHOREI ... Não consegui esconder todos viram...
Fingiram, pena de mim não precisava.
Ali onde eu chorei , qualquer um chorava...
Dar a volta por cima , quero ver quem dava...
Cantado por elza Soares bem alto, quando estou triste , me faz um bem enorme.
Levanta sacode a poeira e dá volta por cima...
Sacodir a poeira de minhas gavetas escuras, da minha constante falta de habilidade para conviver.
Sacodir as dobras dos lençois quando não quero enfrentar o dia.
E sair pra vida e quem sabe ter um dia, uma noite bem lindos.
Adoro viver , minha tristeza quase nunca é de morte - é de vida mesmo.
Do que quero mudar e não consigo, do que acho injusto, do que não caibo, do que não consigo entender.
Tristeza de sobras, de restos, de gritos, de não conseguir fazer da vida algo melhor, de mim algo melhor, por isso doi.
Chorei...
não consegui esconder...
enchi baldes de lágrimas...
e depois coloquei nas plantas pra não estragar.
Silvia m.

Os comentários...

Agradeço demais os comentários ,sempre me fazem olhar para dentro com outros olhos.
Me sinto acompanhada.
Agradecida.

Sobre escrever, sobre espaço...

Sempre escrevi, papéis soltos , muitos caderninhos, impressões, desejos, listas, coisas que numa conversa não consigo dizer, frases com sentido ou não.
às vezes escrevo mesmo por necessidade, assim como coloco a "palavra" nos espetáculos,algo que precisa ser dito, naquele momento com aquela força.
Nunca achei que era poesia o que fazia...
Agora lendo os comentários me dou conta - estou escrevendo e dividindo isso com outras pessoas, poetas, leitores , curiosos, amigos, conhecidos.
Vos digo : escrevo por sobrevivência, por desepero, por solidão, pra dividir, pra me impor uma rotina de abrir espaço dentro de mim, para não enlouquecer.Considerem todas essas palavras uma confissão.
Confesso: escrevo porque preciso. E não há outra necessidade maior que essa.
Nem lembro se preciso de coragem, porque o medo e a dor ás vezes me embotam o juízo.
Escrevo como quem leva a alma pra passear, pra respirar um pouco.
Queria escrever bem, não por vaidade. Mas, por respeito aos que vão ler. Ler coisas mal escritas é chato.Por respeito a isso que dentro de mim não consegue se acomodar, e que mesmo com dor, penso que é o que me faz a pessoa que me torno a cada dia.
Talvez sem minha dor,não fosse o que sou.
Não reverencio dor nenhuma, como já disse, ela existe- por isso respeito sua existência, decidi não esconder de ninguém. E isso me salva da amargura.
Seguirei escrevendo.
s.m.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

eu estou assim, triste ,serena, quase feliz...


Alma escura...

Porque será que me sinto triste????
de onde vem essa dor que eu digo ter???
porque simplesmente não vou vivendo contente como os outros???
Gostaria de dizer - QUE NÃO ALIMENTO MINHA TRISTEZA NÃO...
Ela já veio alimentada, almoço e janta...
Uma dureza na alma,uma escuridão...
Ninguém se endurece por si...
Vem de algum lugar, de algum tempo...
Me sinto um bichinho de asas coloridas e fragéis.
Um caco de vidro que brilha quando bate luz.
Me sinto varrida por maus ventos...
A propósito - Quem perguntou ????????????????

palavras...

*Exíguo
*Soberba
*Ontológico
Como fazer uma frase boa e colocar palavras assim?

"Num lugar exíguo até os pensamentos se tornam estreitos..."

Para escrever bem é preciso sofrer, sofrer. Chafurdar na cabeça boas frases que digam algo, que sejam bem escritas. Não é fácil. Não gosto quando leio algo que tem um monte de palavras dificeis e você não consegue entender o sentido da frase, devia ser proibido... Parece pedante - ops!!! outra palavra :

*Pedante

sábado, 21 de fevereiro de 2009

e...

Do quarto para a cozinha, da cozinha para o banheiro, do banheiro para o quarto,
vou para o banheiro
bato a porta e...
EI Escorpião!!! Quebrei minha cauda,
estou num lugar tão pequeno e ainda assim é enorme,
vontade nenhuma de sair,
de enfrentar as calçadas,
acho que me perdi no corredor,
tava escuro e...
Quando eu me encontrar,
vou estar com uma saudade enorme de mim.
s.m.

colagem de mim

Mentiras Sinceras-Corpos Aprisionados-Engarrafada -Ind Gente - Dentro de Mim é muito escuro

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

água...muita água


"Chorei ,

não consegui esconder ,

todos viram..."

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

silêncio...

"Silencio por favor enquanto esqueço um pouco a dor no peito

nao diga nada sobre meus defeitos

eu nao me lembro mais o que me deixou assim "



um samba sobre o infinito

para clarear a memória...

SARGENTO GETÚLIO - Espetáculo solo de Ricardo Guilherme com Iluminação de Neto Brasil e Texto Original de João Ubaldo Ribeiro.Apresentado no Teatro Universitário.
INESQUECÍVEL!!!!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

sobre Sargento Getúlio

Em um comentário de Edson, foi trazida a lembrança dessa obra , forte e vigorosa de Ricardo Guilherme - SARGENTO GETÚLIO.
Nossa!!!
Ainda hoje lembro a forte imagem do personagem e o cheiro de barro e suor do sertão, cheiro da morte, cheiro de medo. Das luzes que parecia vir de dentro da Terra, como se pegasse fogo o chão.
Lembro do espetáculo como se tivesse visto ontem. Como pode mudar uma pessoa um espetáculo.
Sargento Getúlio, mexeu, chafurdou dentro de mim por muito tempo, no meu sentimento de revolta pelo que está posto e não justificável. Sempre que me revolto e pergunto aos berros - PORQUE?????
É Sargento Getúlio gritando dentro de mim.
Ótima lembrança Edson....
Agradecida.
Silvia M.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

eu...

sou um escorpião que se transforma às vezes numa lagartixa pequena e sem veneno, que se esconde pra chorar no banheiro,assim ,não incomoda os ouvidos felizes de ninguém.
Pra que ninguém tenha que dizer : chora não - isso passa.
Passa não, eu sei, só se esconde , pra depois voltar devagarinho.
às vezes choro pra dentro.
às vezes choro no ônibus, quase sempre ninguém senta na cadeira do lado,e choro livre com o vento da janela secando as lágrimas.
às vezes choro dormindo e acordo com uma dor no peito, como se tivesse secado tudo.
É bom chorar, se não -explodia ,virava bomba, saia jutando , batendo,cortando.
O choro dá tempo pra sentir e pensar sobre a dor.
Por isso choro tanto, pra dar tempo pensar...
Silvia

revolta...

Pintei o cabelo,ficou quase preto de novo,me estranhei.
Adoeci, fiquei fraca,fraca,como se quizesse chorar por outros buracos.
As lágrimas são poucas e gastas e tenho raiva.
Estou com uma revolta entravada na minha pele.
Minha avó morre...Não quero que ela vá. Vi seus ossos frágeis em cima de uma cama e suas mãos bordando , costurando fantasmas a noite toda.
ouvi seus lamentos - Ai, Ai, não me chafurdem, não me escutam dizendo ai ?
É triste partir assim, como nada, pessoas discutindo seus últimos dias.queria tanto subir naquela cama e abraçar ela,como fazia com minhas filhas quando elas diziam ai. Não pude o hospital não deixa.
Sinto tanta raiva desse fim.
Senti a presença da morte a noite toda.
Estou cansada.
Queria chorar.e queria deixar ela ir sem dor.sem medo.
sem revolta.
Sem lembrar dos seus ossos frágeis sendo lavados como pratos ou panos, ou sei lá o que.
Queria ter na lembrança seu cheiro bom,seu sorriso leve e seu olhar bom de avó.
Queria ser mais forte pra enfrentar essa situação de outra forma.
Agora só choro, revolta e dor...
Silvia

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Izaira me mandou

neste dia da poesia, dou-te este quintana de presente
"Viver
Quem nunca quis morrer
Não sabe o que é viver
Não sabe que viver é abrir uma janela
E pássaros sairão por ela
E hipocampos fosforescentes
Medusas translúcidas Radiadas Estrelas-do-mar...
Ah,Viver é sair de repente
Do fundo do mar
E voar...e voar...
cada vez para mais alto
Como depois de se morrer!"

sábado, 14 de fevereiro de 2009

para não esquecer...

"ENFRENTAR É CURAR"


O QUE PODE ACONTECER QUANDO O PENSAMENTO SUFOCA A IMAGINAÇÃO?

Da Porta da minha geladeira.

Colocado por Roberta:

Da Paz das borboletas

Moram em mim animais bravios,
Perigosos, eriçam seus pêlos
Rangem os dentes
Emitem urros
Por qualquer hora ou motivo.
Mas, Dormem em mim, tranquilos,
Quando lhes conto das
borboletas pousadas
sobre os vitrais
Noturnos...
(Tanossi Cardoso) em 2005

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

lugares

2009 - Paracuru / Senador Pompeu
2008 - Crato / Juazeiro/ Sobral/ Aquiraz / Itapipoca/ Tianguá / São Benedito / Guaraciaba do Norte / Ibiapina/ Viçosa/Ubajara/ Nova Olinda /
2007- Crato/ Juazeiro/ Nova Olinda/ Quixeramobim/Sobral/Umirim/Trairi/Itapipoca/Paracuru/Itapajé
Quero conhecer todas as cidades do Ceará, dançar em todas elas. Cada canto do meu canto , levar minha dança , minha voz.
Quero muito...

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

palavras soltas, presas no papel...


palavras no chão,soltas,encurraladas.

Palavras presas num papel , numa viagem.

no meio de uma aridez sem fim.

solidão,frio e medo de me perder.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

e tem que ter título sempre????

Como Ofertas...
Como quem junta dores, cobra moedas e agradece.
Caminho entre as frestas da calçada.
Meus olhos estão ofuscados por uma luz que vem de um lugar que não consigo definir.
Vejo atrás de óculos escuros.
Quase ouso um - "BOM DIA".
Mas, me pelo de medo. Quase nem me mexo.
Tive um sonho bom.
A felicidade me aparecia sorrindo.
Também haviam sirenes, muitas.
Sirenes. Indo, sempre indo.
Nesse momento não cabe em mim - disputas ou intensas perseguições.
Me sinto numa jaula de vidro.
Ofusco. Brilho!!!
Tudo em mim treme e grita.
Silvia M.

Quais????????????????????

Quais livros ando lendo ?????????????????

e você ?????????????

na página 20 do livro BUTOH -Dança Veredas da Alma



"Dentro de cada pessoa existe uma energia mais potente e feroz que qualquer bomba atômica."

Kazuo Ohno- 1986



Quantas vidas precisarei ter para ler todos os livros que quero ler?????

outro de Clarice.

Quero escrever o borrão vermelho de sangue

Quero escrever o borrão vermelho de sangue com as gotas e coágulos pingando de dentro para dentro.
Quero escrever amarelo-ouro com raios de translucidez.
Que não me entendam, pouco-se-me-dá.
Nada tenho a perder.
Jogo tudo na violência que sempre me povoou,o grito áspero e agudo e prolongado,o grito que eu,por falso respeito humano,não dei.
Mas aqui vai o meu berro me rasgando as profundas entranhas de onde brota o estertor ambicionado.
Quero abarcar o mundo com o terremoto causado pelo grito.
O clímax de minha vida será a morte.
Quero escrever noções sem o uso abusivo da palavra.
Só me resta ficar nua : nada tenho mais a perder.
Clarice Lispector

um texto de Clarice

OLHE PARA TODOS A SEU REDOR
Clarice Lispector
Olhe para todos a seu redor e veja o que temos feito de nós. Não temos amado, acima de todas as coisas. Não temos aceitado o que não entendemos, porque não queremos passar por tolos. Temos amontoado coisas, coisas e coisas, mas não temos um ao outro. Não temos nenhuma alegria que não esteja catalogada. Temos construído catedrais, e ficado do lado de fora, pois as catedrais que nós mesmos construímos, tememos que sejam armadilhas. Não nos temos entregado a nós mesmos, pois isso seria o começo de uma vida larga e nós a tememos
Temos evitado cair de joelhos diante do primeiro de nós, que por amor diga: tens medo. Temos organizado associações e clubes sorridentes onde se serve com ou sem soda. Temos procurado nos salvar, mas sem usar a palavra salvação, para não nos envergonharmos de ser inocentes. Não temos usado a palavra Amor para não termos de reconhecer a sua contextura de ódio, de ciúme e de tantos outros contraditórios. Temos mantido em segredo a nossa morte para tornar a nossa vida possível.
Muitos de nós fazem arte por não saber como é a outra coisa. Temos disfarçado com falso amor a nossa indiferença, sabendo que nossa indiferença é angústia disfarçada. Temos disfarçado com o pequeno medo o grande medo maior, e por isso nunca falamos o que realmente importa. Falar no que realmente importa é considerado uma gafe. Não temos adorado por termos a sensata mesquinhez de nos lembrarmos a tempo dos falsos deuses. Não temos sido puros e ingênuos para não rirmos de nós mesmos e para que no fim do dia possamos dizer “pelo menos não fui tolo”, e assim não ficarmos perplexos antes de apagar a luz. Temos sorrido em público do que não sorriríamos quando ficássemos sozinhos. Temos chamado de fraqueza a nossa candura. Temo-nos temido um ao outro, acima de tudo. E a tudo isso consideramos a vitória nossa de cada dia... A vitória nossa, de cada dia...